3º parte de como filmar e iluminar
(pré-setado para luz fluorescente, quando existir este
ajuste) ou, melhor ainda, fazer o balanço manual ('bater o branco') na câmera.
Se elas forem utilizadas juntamente com luzes de outras temperaturas (ex.
incandescentes), para obter o equilíbrio de cores uma opção é utilizar uma
folha plástica colorida (gelatina) sobre os tubos da lâmpada fluorescente para
abaixar sua temperatura de cor aproximando-a da temperatura da luz
incandescente (gelatina cor âmbar). A seguir, ajustar o white-balance da câmera
para luz incandescente (ajuste 'interiors'). Outra opção é subir a temperatura
de cor da luz incandescente, colocando sobre a mesma uma gelatina de cor azul e
ajustando a câmera para luz do dia (ajuste 'daylight').
fluorescentes e difusores
geralmente as luminárias fluorescentes possuem em sua parte
inferior uma grade metálica (difusor), destinada a difundir a luz das lâmpadas
e tornar o ambiente mais agradável. O problema é que com o tempo, alguns tipos
de difusores tornam-se amarelados, causando desvio na tonalidade de cor da luz
emitida pelas lâmpadas, que também torna-se amarelada. A dica então é, se
possível, remover esta grade difusora durante a gravação do vídeo.
fluorescentes e velocidade de obturador
as lâmpadas fluorescentes "piscam" (flicker)
determinado número de vezes por segundo, conforme a frequência da corrente
elétrica utilizada no país (50 ou 60 ciclos). Esse número é superior ao tempo
de persistência da visão do olho humano (qualquer frequência de alternância
claro-escuro maior do que 1/48seg. não é percebido pelo olho humano, por isso
não percebemos o flicker das luminárias desse tipo. No entanto, ao gravar com
câmeras de vídeo em locais iluminados predominantemente por esse tipo de luz,
se o obturador estiver ajustado para uma velocidade superior à do flicker da
lâmpada (maior do que 1/50seg. ou 1/60seg, conforme a ciclagem local), a imagem
ficará com efeito semelhante à das luzes strobo (piscando). Assim, a dica é
nesses locais, utilizar sempre velocidades de obturador iguais ou menores do
que essa. Na realidade gravando-se com a velocidade normal da câmera não haverá
problema, pois essa velocidade normal (=mais comum) é a do formato entrelaçado,
que trabalha em 50 ou então 60 campos por segundo (50i ou 60i).
correta de suas cores a luz amarelo-alaranjada predominante
no fogo faz com que o sistema automático de balanço de branco da câmera a
interprete como luz de tungstênio (a luz de lâmpadas incandescentes de
filamento de tungstênio, existente em interiores). Assim, para efetuar a
'correção' do problema, a intensidade do azul é automaticamente aumentada (para
diminuir o vermelho); resultado: o fogo perde a vivacidade de suas cores. Se a
cena estiver sendo gravada à noite, o céu escuro faz com que o sinal seja
automaticamente amplificado (gain control), acrescentando perda de definição à
imagem. A dica é selecionar o balanço automático do branco para 'luz do dia'.
Algumas câmeras possuem programas pré-ajustados, opcionais de exposição. Um
deles, denominado 'twillight' funciona bem nesta situação: este programa não
efetua o aumento de exposição em situações de pouca luz, como ocorre
normalmente e não 'corrige' o excesso de vermelho.
fundo claro e luz da câmera
gravando-se objetos/pessoas em close, muitas vezes o fundo
pode-se apresentar excessivamente claro, forçando a exposição automática da
câmera a fechar o diafragma e escurecendo com isso a imagem do objeto/pessoa.
Alguns recursos podem então ser utilizados, como a exposição manual (se a
câmera possuir este controle) e o uso do botão backlight (que aumenta em alguns
pontos a abertura do diafragma). Outro recurso no entanto é o uso de iluminação
artificial. De resultado eficiente no mundo profissional (com a utilização de
refletores adequadamente posicionados), seu efeito pode ser em parte imitado
com o uso do acessório de luz da câmera, utilizado normalmente em locais com
pouca iluminação.
Este recurso, também utilizado no mundo da fotografia
(quando usa-se o flash em locais externos durante o dia) permite equilibrar
melhor o contraste entre o primeiro plano (escuro) e o fundo (claro).
Evidentemente o recurso só funcionará se a câmera com luz embutida estiver
próxima deste primeiro plano.
fundo e iluminação independente
em um sistema de iluminação de 3 pontos (principal,
preenchimento e contra-luz), se houver um fundo atrás da pessoa que está sendo
gravada, a dica é não deixar que as luzes que iluminam a pessoa (principal e
preenchimento) pela frente e lateral atinjam também o fundo ou, se isso for
impossível, o atinjam o menos que se puder. Esse controle pode ser feito com
flags colocados em suportes posicionados próximo aos refletores ou então
fechando-se os barndoors dos refletores até determinado ponto, se os mesmos os
possuírem. Desta forma é possível iluminar o fundo de forma completamente
independente do primeiro plano (mudando cores, colocando cookies para efeitos,
etc...). Aliás, o fundo deve sempre estar menos iluminado do que o primeiro
plano, para destacar este.
gelatinas e correção de cores
as luzes incandescentes utilizadas em interiores possuem
temperatura de cor mais baixa do que a da luz do dia (luz exterior). Em uma
sala iluminada por luzes incandescentes e pela luz do dia que entra através de
uma janela, é necessário igualar as temperaturas das luzes na cena. Gelatinas
coloridas permitem fazer isso, de duas formas diferentes. Uma delas é recobrir
as janelas com gelatinas alaranjadas (do tipo CTO - Color Temperature Orange).
A outra, instalar gelatinas azuladas (do tipo CTB - Color Temperature Blue)
sobre as luzes incandescentes internas. Como o efeito final é o mesmo, a
decisão pode-se basear no custo-benefício, ou seja, na quantidade de gelatina a
ser utilizada em uma abordagem ou outra.
gelatinas em janelas com persianas
a fixação de gelatinas para correção de cor em janelas com
persianas é facilitada por um truque: não é necessário recobrir toda a
superfície da mesma com as folhas, a parte superior pode ser encoberta
abaixando-se ligeiramente a persiana.
gelatinas para correção de cor x plásticos
coloridos plásticos coloridos, embora possam funcionar na
correção de cor de lâmpadas e refletores, não são a opção mais segura.
Gelatinas apropriadas para este fim possuem a vantagem de serem resistentes ao
calor, evitando-se com isto o risco de queima e consequentes acidentes devido
ao calor gerado pelas lâmpadas dos refletores.
grampos para fixar refletores no teto
existem grampos com potentes molas (versão robusta do
tradicional prendedor de roupas de madeira / plástico) que podem ser úteis na
fixação de refletores leves no teto. Este tipo de fixação pode ser instalado
por exemplo em lustres já existentes no local, às vezes com o auxílio de um
pequeno pedaço de arame. Ou em tetos falsos, compostos por material do tipo
espuma encaixada em treliças de metal, muito comuns em escritórios. Neste caso,
prende-se o grampo nessas treliças. Ou, ainda, em trilhos de cortinas. Seja
como for, sempre é bom ter alguns grampos a mais - para prender o cabo do
refletor por exemplo. O grampo tem a vantagem de poder ser instalado /
remanejado com rapidez e é sempre um item que deve estar presente na bagagem de
iluminação.
guarda-chuva refletor
é possível improvisar um refletor do tipo guarda-chuva profissional
utilizando um guarda-chuva comum, cola e um rolo de papel alumínio. Com o
guarda-chuva aberto, basta recortar e colar tiras do papel alumínio de modo a
recobrir sua superfície interna. Como sugestão, colocar o lado mais opaco do
papel alumínio voltado para a parte que recebe a luz, não para o tecido do
guarda-chuva. Isto fará com que a luz refletida seja mais suave. Cole os
pedaços de alumínio através de suas bordas.
iluminação da cena
e qualidade da cópia um dos fatores que influem na qualidade
da cópia de uma fita para outra é a qualidade do original. E esta, está
diretamente ligada, entre outros fatores, à correta iluminação da cena. Nem
mais, nem menos luz. Especificamente a falta de luz, faz com que a imagem fique
granulada e com pouca definição. Imperfeições estas que são ampliadas e ficam
mais evidentes no momento da cópia. Assim, sempre pode-se esperar uma cópia
ruim se o original possui deficiência de iluminação.
iluminação de 3 pontos e luz de fundo
geralmente no esquema básico de iluminação que emprega 3
luzes (principal, preenchimento e contra-luz) bastam essas luzes para iluminar
bem. Se o objeto ou pessoa estão próximos do fundo, a própria luz principal e a
de preenchimento vão, indiretamente, iluminá-lo. No entanto, se este fundo for muito
escuro, ou estiver muito escuro, a pessoa ou objeto sendo gravados pode parecer
isolada de modo não muito agradável visualmente do fundo. Neste caso a solução
é iluminar o fundo, e uma dica é usar um refletor grande, do tipo softbox (para
evitar sombras), colocado ao lado da pessoa, fora da visão da câmera. Outros
posicionamentos desse refletor podem ser tentados, sempre observando-se o
resultado final no monitor. A própria contra-luz pode servir para este fim no
lugar da luz de fundo, se for posicionada de forma a deixar vazar uma parte de
sua claridade para o fundo - eventualmente abrindo-se a aba traseira de seu
conjunto de barndoors. De qualquer forma, é preferível que o fundo esteja um
pouco mais claro de que deveria do que um pouco mais escuro do que deveria.
iluminando pessoas para Internet
a transmissão de vídeos pela Internet sofre com a taxa maior
de compressão normalmente utilizada nesses vídeos, quando comparada com a
utilizada em outros tipos de vídeo produzidos. Um dos efeitos da compressão é
acentuar a baixa qualidade de imagens pouco iluminadas, onde geralmente o
processo de ganho automático da câmera (gain) atua subindo o nível de
iluminação tendo como resultado uma imagem granulada. Se vistas no modo
tradicional, o problema pode ser muitas vezes não muito aparente, mas quando
vistas na Internet a qualidade piora bastante. Assim, a dica é cuidar mais
ainda da iluminação para esse tipo de vídeo. Não é necessário obrigatoriamente
utilizar esquemas e equipamentos profissionais, mas tomar simples cuidados já
ajuda bastante. Por exemplo, se for possível colocar a pessoa ao lado de uma
janela, de forma a ficar quase que de frente para ela, pode-se utilizar um
pedaço grande de isopor ou um lençol branco montado em um papelão ou ainda uma
cartolina grande branca, do outro lado, posicionada com luz de preenchimento. A
luz da janela passa a fazer o papel de luz principal. Por outro lado, em
ambientes somente com luz interior, apenas um refletor colocado não muito perto
da pessoa e um rebatedor do outro lado já ajudam. O importante é que a câmera
não tenha que amplificar a iluminação artificialmente (através do gain), pois
isso é o que causa a granulação na imagem.
imitando a luz da Lua
a luz do luar pode ser recriada artificialmente efetuando-se
o batimento do branco não com um cartão branco e sim com um cartão ligeiramente
dourado. A câmera tentará corrigir o excesso de tonalidade vermelho-amarelada
(o dourado), "puxando" o tom para o azul.
imitando o nascer ou pôr-do-Sol com um rebatedor dourado
rebatedores são
placas utilizadas para refletir a luz mais intensa de um refletor (luz
artificial) ou então do Sol (luz natural). Podem apresentar superfície branca
ou então metalizada, nas tonalidades prateada e dourada. Este último (dourado)
possibilita imitar a luz do nascer ou então do pôr-do-Sol, que é mais amarelada
do que a luz durante a maior parte do dia. Para isso, basta refletir a luz do
Sol sobre o rebatedor e direcioná-la para o rosto de uma pessoa por exemplo,
para obter-se o efeito desejado. A pessoa ficará então com o tom de pele
"mais quente" (com coloração tendendo para o alaranjado).
imitando o pôr-do-Sol
a luz amarelada do Sol no final da tarde pode ser recriada
artificialmente efetuando-se o batimento do branco não com um cartão branco e
sim com um cartão ligeiramente azulado. A câmera tentará corrigir o excesso de
azul aumentando a tonalidade vermelha. Para o efeito tornar-se mais real, é
preciso lembrar que a luz solar nessa hora provém de um ângulo baixo, assim, a
iluminação do objeto / pessoa deve ser efetuada com auxílio de um rebatedor. A
situação descrita corresponde a uma gravação efetuada fora dos horários de
início - fim de dia, com a pessoa protegida dos raios solares diretos (que
denunciariam o truque devido às sombras) e iluminada pelos raios solares
refletidos pelo rebatedor.
impossível efetuar
o ajuste correto de temperatura de cor em situações
extremas, onde é difícil ou mesmo impraticável corrigir distorções causadas nas
cores devido a presença de luzes de temperaturas diferentes de cor no mesmo
ambiente, se isso afeta de maneira muito negativa o resultado final, pode-se
lançar mão de uma simples e criativa solução radical: gravar tudo em preto e
branco, ou então utilizando o efeito sépia. Este recurso já foi utilizado mais
de uma vez por profissionais, a título de 'efeito especial'.
intensificando a luz de velas
sendo necessária a gravação à luz de velas, o resultado
muito provavelmente terá em vídeo um aspecto escuro e granulado, sem muita
definição. Existe um controle de aumento artificial de sensibilidade na câmera,
chamado GAIN, e se este for utilizado (intencionalmente ou não, pelo modo
automático) em demasia, a imagem ficará excessivamente granulada, em perda de
definição nos detalhes. A solução é aumentar o nível de luz. Se isso não for
possível no local, por exemplo por ser a única luz disponível a das velas, uma
solução de contorno é reunir em um determinado ponto a maior quantidade
possível de candelabros com as velas, quanto mais, melhor. A imagem enquadrada
pode omitir a maior parte deles, exibindo somente alguns para transmitir a
idéia do ambiente iluminado à luz de velas. Outra forma é acrescentar na cena
um ou mais refletores, poucos, com luz muito atenuada (ex. por um dimmer) ou
através de gelatinas alaranjadas. A luz tem que ser muito suave, para não
competir com a luz das velas, e ao mesmo tempo para aumentar o nível geral da
iluminação.
janela (artificial) criada por uma persiana
com uma simples persiana é possível simular a existência de
uma janela através da qual alguém observa o movimento do lado de fora. Em um
primeiro plano geral, mostra-se um edifício visto à noite, do lado de fora, com
suas várias janelas, algumas iluminadas, outras não. A seguir, o close de uma
pessoa observando algo do lado de fora através de uma persiana. No entanto,
esta janela não existe, é apenas sugerida pela sombra das lâminas da persiana
sobre o rosto da pessoa. Ao focalizar o rosto da pessoa de modo que entre ela e
a câmera exista suspensa através de suportes uma persiana, sendo o rosto da
pessoa iluminado por um refletor colocado do mesmo lado que a câmera em relação
à persiana e ligeiramente elevado em relação ao seu rosto, cria-se a ilusão de
existir ali uma janela. A luz emitida pelo refletor não deve ser muito intensa,
para simular a luz proveniente das luzes da cidade. Para tanto pode ser
colocada sobre o mesmo uma gelatina do tipo ND (Neutral Density), de cor
neutra, apenas para suavizá-la, ou então ser utilizada uma caixa de luz (light
box). O efeito pode tornar-se mais convincente acrescentando-se uma folha de
gelatina de cor azul sobre o refletor - a cor azulada sugere sempre iluminação
noturna.
kits portáteis de iluminação e luzes duras
kits portáteis de iluminação geralmente acarretam luzes
'duras' sobre objetos e pessoas, devido ao pequeno tamanho dos refletores
instalados nas lâmpadas. A dica para obter uma iluminação mais suave e natural
é adquirí-los em uma potência um pouco maior e rebater suas luzes em placas de
isopor, cartolinas, paredes brancas, etc...
lâmpadas de alta pressão e explosão
lâmpadas de descarga que trabalham com alta pressão, como as
do tipo HMI ou Xenônio por exemplo, devem ser sempre operadas dentro de
refletores apropriados, que possuem vidro específico de proteção. O risco
existente (embora raro) de explosão da lâmpada, devido às altas pressões
atingidas em seu interior, exige este tipo de proteção. O refletor deve ser
apropriado para este tipo de lâmpada, ou seja, com estrutura reforçada e vidro
de proteção capazes de resistir a uma possível explosão da lâmpada. Em alguns
tipos de lâmpada, a pressão em seu interior é alta mesmo quando frias,
requerendo cuidado na manipulação - evitando-se por exemplo riscos de queda.
lâmpadas de mercúrio, problemas com IRC
a gravação sob iluminação de luz de vapor de mercúrio,
tradicionalmente encontrada em iluminação pública, traz problemas de rendimento
de cor. Este tipo de lâmpada produz luz de tonalidade verde-azulada, fazendo
com que a imagem sofra com a falta de tons avermelhados. Uma forma de equilibrar
o balanço das cores, diminuindo a predominância do tom azulado é utilizar um
filtro UV sobre as lentes da câmera. Este tipo de lâmpada emite uma parcela de
sua luz nessa faixa (UV), invisível aos olhos humanos mas registrada pelo CCD.
A seguir, a correção deve ser completada na fase de pós-produção, ajustando-se
o balanço de cor por exemplo através de um editor-não-linear (programas de
edição possuem opções de menu para efetuarem este ajuste).
lâmpadas de quartzo & calor
gerado lâmpadas de quartzo (aquelas que se assemelham ao
tubo de um termômetro) operam a altas temperaturas e levam mais tempo para
esfriar após desligadas do que os outros tipos de lâmpadas. O mesmo ocorre com
os suportes e estruturas nos quais as mesmas são encaixadas. Assim, após terem
as mesmas sido desligadas, deve-se aguardar seu esfriamento antes de armazenar
os refletores que as empregam novamente - pode-se aproveitar o tempo para
guardar os outros acessórios. O tempo de vida deste tipo de lâmpada é aumentado
quando armazenadas já frias.
lâmpadas e sujeira nos contatos
é importante manter sempre limpos os contatos das lâmpadas e
dos soquetes, bastando para isso, o uso de um pano seco nesses locais. Deve-se
estar atento à oxidações tanto na base da lâmpada quanto no soquete. A sujeira
impede a plena eficiência do contato, acarretando certa resistência à passagem
da energia elétrica. Em outras palavras, esta parte do conjunto lâmpada /
soquete torna-se um resistor (como uma resistência de chuveiro por exemplo), ou
seja, um dispositivo que aquece com a passagem de corrente. O aquecimento é
prejudicial ao material do soquete e da lâmpada, encurtando sua vida útil.
lâmpadas HMI e durabilidade
Para iniciar o funcionamento de uma lâmpada do tipo HMI e
gerar o arco voltaico dentro da câmara (ampola) de vidro, são necessárias altas
voltagens (da ordem de 12.000 volts ou mais), o que é providenciado pelo reator
ligado à mesma. Somente assim a energia elétrica ganha potência para sair de um
eletrodo, situado em uma extremidade da ampola e atingir o eletrodo situado na
extremidade oposta. Atingida esta situação, com a formação do arco e o
aquecimento do bulbo, o gás pressurizado dentro da ampola precisa ser ionizado,
exigindo a aplicação de uma voltagem ainda maior (de 20.000 a 70.000 ou mais
volts). Na fase inicial de início de funcionamento da lâmpada, quando o bulbo
ainda está sendo aquecido para a formação do arco, a lâmpada não deve nunca ser
desligada. Ao se fazer isso, sua vida útil diminui, pois uma pequena parcela de
seus elementos internos (gases contendo metais raros) acaba permanecendo
depositada nos componentes da lâmpada (eletrodos e bulbo).
lâmpadas HMI em ambientes muito frios
lâmpadas do tipo HMI potentes, em ambientes muito frios (ou
com ar condicionado muito forte ou então ventilacão forte direta sobre a
lâmpada ) podem acabar funcionando em temperaturas abaixo da temperatura mínima
recomendada, aumentando com isso a temperatura de cor da luz emitida (sua
tonalidade fica mais azul) e diminuindo o seu IRC - Índice de Reprodução de Cor
(menor fidelidade na reprodução das cores dos objetos e pessoas).
luz, disjuntores, fusíveis e amperagem
é frequente a ocorrência de situações, no trabalho com a
montagem de refletores, onde ao serem todos ou uma certa quantidade deles
ligados ao mesmo tempo há a queima de um fusível ou o desarme de um disjuntor.
No entanto, é possível prever-se esta situação antes de conectar os refletores
às tomadas. As instalações elétricas são montadas normalmente em ramais que
partem de um mesmo ponto de entrada, o distribuidor geral, conhecido como DG.
Em um edifício comercial ou residencial, a partir do DG partem fios (os ramais)
que se direcionam para cada uma das salas / recintos. Dentro de uma mesma sala
/ recinto, existem uma ou mais tomadas, todas elas conectadas normalmente entre
si e ligadas ao mesmo ramal que procede do DG. Em alguns casos, mais de uma
sala / recinto podem estar conectados ao mesmo ramal. No DG, além de uma chave
geral, existe uma chave individual para cada circuito, que permite que o mesmo
seja desligado de maneira independente dos demais. Ocorrendo uma sobrecarga
elétrica em algum desses ramais, existem dispositivos preventivos que cortam a eletricidade
para impedir a ocorrência de consequências como incêndios e queima de aparelhos
por exemplo. Entre estes dispositivos, estão o fusível e o disjuntor. O
fusível, como o próprio nome sugere, nada mais é do que um trecho de fio muito
pouco resitente ao calor, colocado em um invólucro isolante de porcelana. A
passagem de corrente elétrica gera calor, que é tanto maior quanto maior a
intensidade da corrente. Na situação de sobrecarga, o calor gerado esquenta
muito os fios comuns, porém não a ponto de derretê-los. O mesmo não ocorre com
o fio existente dentro do fusível, propositadamente muito sensível a esse calor
gerado: o mesmo derrete-se rapidamente, e com isto, interrompe a energia no
ramal inteiro.
Fios mais grossos são mais resistentes ao aquecimento do que
fios mais finos. Estes e outros fatores são levados em conta quando um circuito
elétrico é projetado, determinando-se assim que em determinado ramal a
intensidade máxima da corrente admissível, sem causar o risco de
sobreaquecimento, incêndios e outros problemas, é x. O fio existente no
interior dos fusíveis é projetado para derreter-se a partir de determinado
valor de intensidade de corrente elétrica. Assim, para o ramal em questão,
determina-se que o fusível indicado deve ter valor máximo de corrente igual a
x, daí a origem de expressões como "fusível de 15A", "fusível de
30A", etc.., onde "A" é a medida da intensidade da corrente
(Amperes).
Atualmente, em substituição aos antigos fusíveis (que tinham
que ser repostos após uma queima) existem dispositivos chamados disjuntores,
que fazem o mesmo papel dos fusíveis: uma chave que desliga automaticamente na
ocorrência de corrente acima de determinado valor (diz-se que o disjuntor
"caiu"), mas que pode ser religada a seguir.
Assim, se um fusível queima ou um disjuntor cai ao serem
ligados os refletores em questão, não adianta trocar o fusível por outro de
igual valor ou então religar o disjuntor: haverá nova queima / queda ao serem
ligados novamente os refletores. Por outro lado, a troca por um fusível de
maior valor não é indicada, pois coloca em risco o ramal elétrico fazendo com
que o mesmo passe a suportar uma corrente acima do valor máximo para o qual foi
projetado.
Qual então, deve ser a solução neste caso? A dica é usar um
cabo de extensão e ligar parte das luzes em um outro ramal (outra sala /
recinto); assim, cada ramal estará suportando uma carga menor em relação à
carga antes suportada.
E existe uma forma simples e rápida de efetuar o cálculo da
corrente máxima gerada pelos refletores todos ao serem ligados. Uma fórmula
simples da Física diz que a corrente (medida em Amperes) é a potência (medida
em Watts) dividida pela voltagem (medida em Volts). Como exemplo, um refletor
de 300W ligado em uma tomada de 110V vai consumir 2,7A porque 300 dividido por
110 dá 2,7. Podemos arredondar esse número para mais - o que é até uma garantia
adicional e chegar ao número 3A.
Assim, a fórmula pode ser simplificada na seguinte regra
básica: para 110V, basta dividir a potência dos refletores por 100 para saber a
amperagem. No exemplo, 300W dividido por 100 dá 3A. Se por outro lado, a
voltagem do local é de 220V, dividir novamente a seguir por dois: 3A dividido
por dois dá 1,5A. Este é o valor da corrente consumida pelo refletor. Se forem
mais de um, somar a potência (W) de todos eles antes de dividir por 100. A
seguir, tendo-se este número, deve-se verificar no DG, para o ramal no qual as
luzes serão ligadas, qual a intensidade máxima de corrente permitida,
verificando-se o valor do fusível instalado na chave corrrespondente ou o valor
do disjuntor correspondente.
luz (artificial) de anúncios de neon
anúncios de neon piscando à noite, cuja luz ilumina
ligeiramente o rosto de uma pessoa que olha pela janela de um edifício.
Acendendo-se e apagando-se uma lanterna cujo refletor foi revestido com uma
folha de gelatina vermelha em itervalos fixos de cerca de 3 segundos (3
segundos ligada, 2 segundos desligada por exemplo) pode-se simular a existência
de um anúncio deste tipo por perto. O efeito fica mais convincente quanto a luz
não é muito intensa: ao invés de causar sombras 'duras', este tipo de reflexo
causa sombras suaves, o que é conseguido evitando-se direcionar sua luz
diretamente para o rosto da pessoa; ao invés disso, direcionar a luz mais fraca
refletida pela parte lateral da lanterna ou então colocar folhas adicionais de
gelatina para diminuir a intensidade da fonte luminosa.
luz (artificial) de carros passando pela rua
uma pessoa olha por uma janela, à noite, enquanto carros
passam pela rua, refletindo a luz de seus faróis sobre o rosto da mesma. Uma
das formas de se conseguir o efeito é movimentar lentamente lanternas de um
lado para outro, simulando o movimento dos veículos. Deve-se ter o cuidado de
não direcionar diretamente seu foco para o rosto das pessoas, para que o efeito
fique mais convincente. Várias lanternas - se possível operadas por várias
pessoas - acompanhadas de som de tráfego gravado na rua (tanto faz se gravado
de dia ou de noite...) permitem obter um excelente efeito.
luz (artificial) de relâmpago
normalmente não é mostrado o raio propriamente dito e sim
sua reflexão nos objetos e pessoas da cena. Deve ser montado um refletor com
luz muito potente, de preferência com uma gelatina ligeiramente azulada
instalada no mesmo. Após ligar o refletor, certificar-se de que nenhuma luz do
mesmo esteja atingindo a cena, bloqueando sua luz com dois pedaços de cartão
opaco (papelão ou spumapac por exemplo, folhas densas e opacas e ao mesmo tempo
leves ao manuseio) cada um seguro em uma das mãos. No momento do efeito aparecer,
abrir e fechar rapidamente uma fresta nos cartões para passagem da luz.
Funciona recortar uma janela no meio de cada cartão, recortar os cartões em
formato retangular e colocar as janelas de forma a bloquearem a luz.
Deslocando-se então um cartão em relação ao outro em sentidos opostos, em dado
momento as janelas ficarão sobrepostas permitindo a passagem da luz. É possível
ajustar o tamanho das janelas e a velocidade de seu deslocamento até conseguir
o melhor efeito.
luz (artificial) do fogo
a luz do fogo refletida no rosto das pessoas pode ser
simulada através de um refletor situado ao nível do solo. O refletor deve estar
direcionado para cima (na direção do rosto das pessoas) e recoberto com
gelatina de cor laranja. O complemento do efeito é executado cortando-se várias
faixas estreitas de gelatina nas cores laranja, vermelho e amarelo. Estas
faixas devem então ser presas em uma haste comprida, de modo a deixar cerca de
2 cm entre as cada faixa. A seguir, segurando-se a haste por uma das pontas,
efetuar um movimento ligeiro de balanço com as faixas, posicionadas em frente
ao refletor no solo. A prática permite obter a intensidade adequada de
movimento, simulando assim as variações de tonalidade emitidas pelo fogo. O
efeito é completado com a parte sonora, através do som de materiais pegando
fogo.
luz (artificial) imitando ondulações na água
uma pessoa aproxima-se da borda de um lago, onde o vento
sopra e pequenas ondas sobre sua superfície refletem a luz do Sol sobre o rosto
da mesma. O efeito pode ser simulado em um local onde não exista nenhum lago,
através de um utensílio de cozinha, um espelho, um pequeno refletor e um pouco
de água. O utensílio de cozinha é uma assadeira, no fundo da qual deverão ser
colocados vários pedaços quebrados do espelho - virados para cima.
Acrescenta-se água sobre a assadeira e aproxima-se um refletor de sua borda, de
maneira que sua luz refletida pela água e pelos pedaços de espelhos no fundo
seja dirigida para o rosto da pessoa. Ao inclinar-se suavemente a assadeira
para cima e para baixo em uma de suas bordas, o efeito das pequenas ondulações
na água deverá aparecer refletido no rosto da pessoa. Se a cena passar-se à
noite, basta recobrir a superfície do refletor com gelatina de azul - esta cor
sugere sempre, para os assistentes, a cor da luz lunar.
luz (artificial) imitando uma lâmpada
se um lustre deve fazer parte da imagem a ser gravada,
especialmente se for do tipo em que a lâmpada fica à mostra e esta deve ficar
acesa, a primeira providência é trocar a lâmpada sendo utilizada no lustre.
Estas lâmpadas, geralmente de 60W ou mais, causam super-exposição na região do
lustre: com isto o mesmo perde definição, tornando-se muitas vezes um borrão na
imagem. No lugar da lâmpada original, colocar uma lâmpada mais fraca, por exemplo
de 15 ou 20W e acendê-la. A iluminação que o lustre então deveria causar será
agora fornecida por um refletor, disposto estrategicamente fora do alcançe do
enquadramento da câmera. O posicionamento do refletor deve ser tal que imite a
iluminação que seria efetuada pela lâmpada original do lustre, tomando-se o
cuidado para não iluminar áreas de sombra para o lustre, ou seja, áreas em que
o lustre não iluminaria. Isto pode ser conseguido através do uso de flags no
refletor (placas metálicas laterais ajustáveis que funcionam como barreira para
a luminosidade emitida pelo mesmo). Como o refletor estará disposto à maior
distância em relação às pessoas / objetos que seriam iluminados originalmente
somente pelo lustre, necessita ter uma potência maior do que a da lâmpada
original, algo em torno de 500W por exemplo.
luz (artificial) refletida por um aparelho de TV
um casal assiste, sentado em um sofá ou cama, a um programa
de TV e é focalizado de frente, em close, pela câmera. A presença real do
aparelho de TV pode ser simulada através do som baixo, pré-gravado de um
programa qualquer real de TV e de um refletor colocado de frente para o casal.
Se o aparelho de TV tiver que ser mostrado (por trás, excluindo-se assim sua
tela) pode-se adquirir um aparelho de TV antigo e retirar de seu interior o
tubo (CRT). A seguir, recobrir o vidro à sua frente (sempre existe um vidro
externo que protege o vidro do CRT) com folhas de gelatina azul. O mesmo
(folhas de gelatina) vale para a alternativa do refletor ao invés da caixa de
TV. No caso desta última, no lugar do tubo instala-se uma luminária comum, com
uma lâmpada de luz relativamente intensa (100 W por exemplo). Nos dois casos, a
luz deve ser ligada e desligada repetidamente, simulando assim as variações de
intensidade luminosa produzidas pelas imagens mostradas no aparelho. Esta luz
será refletida no casal sentado no sofá ou na cama. O efeito pode ser
aprimorado tomando-se o cuidado de manter a luz acesa por alguns períodos
maiores do que em outros, alternando-se por breves períodos onde a mesma pode
ficar piscando com maior frequência.
luz (artificial) de viaturas com sirenes
em vídeo, tudo o que não é mostrado pode ser sugerido e
portanto imaginado pelo espectador. A presença de uma viatura da polícia ou
ambulância pode ser conseguida refletindo-se sobre o rosto das pessoas ou sobre
o fundo luzes que estariam sendo emitidas pelo dispositivo luminoso situado no
teto destas viaturas. O ruído das sirenes complementa a ilusão. Uma das formas
de simular as referidas luzes é através de duas potentes lanternas, recobertas
em seu refletor, respectivamente, por gelatinas azul e vermelha, que são
passadas rapidamente sobre as pessoas / fundo, alternando-se as cores azul e
vermelha. O efeito pode ser melhorado prendendo-se as 2 lanternas lado a lado,
de maneira que fiquem diametralmente opostas. A seguir, fixar o conjunto sobre
um disco de madeira, em sua parte central. Este disco possui um pino afixado no
centro: basta então girá-lo à frente das pessoas / fundo para que sua luz 'passe'
rapidamente sobre os mesmos.
luz da câmera: melhorando problemas
muitas câmeras do segmento consumidor possuem
uma pequena luz embutida no corpo da mesma. Outras, do segmento
semi-profissional, possuem suportes para a instalação de kits de iluminação,
normalmente um refletor fixado acima das lentes da câmera. Este é, no entanto,
justamente um dos principais problemas dessas luzes: seu posicionamento, o que
faz com que no meio profissional a luz sobre as lentes seja utilizada de
maneira geral somente em locais onde não há outra luz disponível e/ou em
reportagens rápidas para a TV. Como o refletor é geralmente pequeno e fica
muito próximo do objeto/pessoa que está sendo gravado, sua luz é 'dura',
acarretando sombras pronunciadas que revelam qualquer desnível (saliência /
depressão) na pele de um entrevistado por exemplo. Este tipo de iluminação
também traz outro problema: por localizar-se logo acima das lentes, ofusca quem
deseja 'falar para a câmera'. Uma dica para minimizar esses problemas é fixar
sobre o refletor uma folha de material difusor, usando fitas adesivas,
prendedores de roupa, clipes, etc... O efeito difusor
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