quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

dicas de filmagem interna e externa e iluminação

como fazer iluminação dentro e fora

cenário croma e real

Alguns refletores possuem um pequeno botão em sua parte traseira, para possibilitar o ajuste de seu foco. Através do ajuste deste botão, a área abrangida pelo facho do refletor à sua frente pode abrir ou fechar. Ao movimentar o botão, a base interna na qual a lâmpada do refletor está instalada é trazida para trás (mais para o fundo do refletor) ou empurrada para frente. Ao deslocar-se para trás, o facho emitido pelo refletor torna-se menor (mais fechado). O inverso ocorre ao deslocar-se a base para frente. Juntamente com o ajuste dos barndoors (abas móveis ajustáveis que muitos refletores possuem), esse mecanismo de controle pode ser utilizado para refinar e moldar a superfície a ser iluminada. Para efetuar o ajuste, inicialmente todos os barndoors devem ser abertos. A seguir, ajusta-se o botão do foco do refletor, abrindo ou fechando o facho até a posição desejada. Somente após isso é que os bardoors devem ser movidos, se necessário, para moldar através da interrupção controlada do fluxo luminoso a àrea a ser iluminada pelo refletor.
ajuste de cores & monitor
a maneira mais precisa de se efetuar ajustes em cores na imagem não é observar a mesma através do viewfinder da câmera ou do visor LCD e sim através de um monitor externo, ao qual conecta-se a saída de vídeo da câmera. Se um monitor profissional não estiver disponível, um aparelhor portátil de TV pode fazer esta função, desde que possua entrada para vídeo (geralmente vídeo composto, representado por um conector fêmea do tipo RCA, na cor amarela, localizado na parte traseira do aparelho). As telas de tamanho reduzido do viewfinder / LCD não permitem a visualização das tonalidades das cores com a mesma precisão que a tela do monitor. Como pré-requisito no entanto, o monitor / aparelho de TV deve estar corretamente ajustado em relação à reprodução de cores. Consegue-se este ajuste, entre outras formas, através da exibição de uma imagem de color bars, o padrão de faixas de cores coloridas que permite efetuar ajustes de tonalidade, brilho e contraste. Alguns modelos de câmera do segmento semi-profissional permitem gerar sinal de color bars e existem dispositivos eletrônicos que também fazem esta função.

balanço do branco & alterações
na locação lembrar de efetuar o reajuste do branco (bater o branco) sempre que as condições de iluminação do local mudarem (novas luzes acesas / apagadas, horários do dia, nuvens / Sol), o próprio local for alterado ou até mesmo, dependendo do caso, a posição da câmera (para onde a mesma aponta) mudar, se passar a enquadrar coisas / pessoas iluminadas através de fontes de luz com temperaturas diferentes em relação ao que era enquadrado antes. Evidentemente em algumas situações, como shows por exemplo, a variação nas tonalidades e intensidade das cores faz parte do mesmo; neste caso, o balanço automático da câmera deve ser desligado e a mesma ajustada para alguma posição pré-definida, como luz de interiores por exemplo. Esta situação pode se apresentar antes do início do show, quando a iluminação predominante geralmente é neutra.




balanço do branco, localização e
preenchimento do visor deve-se ter o cuidado de, ao efetuar o ajuste manual do branco (bater o branco), garantir que o objeto de cor branca para o qual a câmera aponta durante o ajuste recebe a mesma iluminação que o objeto / pessoa a ser gravado. Em um exemplo mais simples, seria incorreto efetuar o ajuste apontando para um cartão branco localizado na sombra, onde também está a câmera, quando será gravada a imagem de uma pessoa que está no Sol. Além disto, ao efetuar o ajuste, a câmera deve enquadrar totalmente o objeto branco, para evitar a invasão de cores diferentes que poderiam alterar a precisão do ajuste.

balanço do branco na pós-produção
o ideal é fazer a captura das imagens com o balanço do branco corretamente ajustado, seja na forma automática existente em algumas câmeras, seja no modo manual. No entanto, na fase de pós-produção, é possível "bater o branco" digitalmente, através de um recurso deste tipo existente em alguns programas de edição. O resultado não será preciso como o obtido durante a fase de captura, mas pode "salvar" imagens capturadas sem que se tenha feito o ajuste correto. A função funciona informando-se para o programa um determinado trecho da imagem que deveria ser considerado branco. O sistema então ajusta as proporções das cores básicas RGB na cena de modo a equilibrar a coloração geral, tal como ocorreria se o mesmo tivesse sido feito na câmera, no momento da captura.

balanço do branco para efeitos
efeitos interessantes podem ser obtidos na imagem ao fazer-se erroneamente o balanço do branco. Assim, ao utilizar o ajuste para cenas exteriores em cenas interiores, as imagens terão um tom alaranjado. O inverso acarretará tons azulados. É possível ir além, e utilizar o batimento do branco da câmera, porém ao invés de utilizar um cartão ou parede branca, fazer esse batimento usando superfícies ou locais com outras cores. Assim, o batimento enquadrando no visor o azul do céu fará com que as imagens fiquem com uma tonalidade sépia por exemplo ou lâmpadas fluorescentes causarão tonalidade rosa em imagens em exteriores. E assim por diante, diversas opções podem ser tentadas e experimentadas.

balanço do branco para efeitos, realçando o pôr-do-Sol
cenas de Sol poente podem ser manipuladas através do ajuste manual do balanço do branco na câmera. Tons alaranjados e avermelhados podem ser realçados ao se apontar a câmera (com o ajuste automático desligado) para um objeto ligeiramente azulado e seguir alguns procedimentos, descritos a seguir. Em primeiro lugar, o objeto (uma folha de papel, um pedaço de tecido, etc...) deve ocupar, preferencialmente, a maior parte da imagem quando vista no visor da câmera. Após fazer isso, acionar o botão existente na câmera (alguns equipamentos podem não possuir este controle) para efetuar o ajuste manual do branco (white balance). Em seguida, sem alterar a regulagem feita, apontar a câmera para a cena do pôr-do-Sol. Quando o ajuste é feito para o objeto azulado, o controle de exposição aumenta a proporção dos tons avermelhados na image, tentando compensar o excesso de azul (do objeto). E com isso, consegue-se o realce desejado.

barndoors & gelatinas
existem duas formas de fixar-se uma folha de gelatina na frente de um refletor: ou recortando-a no formato do vidro que recobre o mesmo e fixando-a nele ou curvando suas bordas de maneira a prendê-las com clips especiais (ou prendedores de roupa no varal - neste caso observar cuidados com o calor gerado...) nos barndoors, as placas de metal que servem para direcionar a luz do refletor. A fixação nos barndoors tem a vantagem de evitar que se recorte a folha, permitindo sua utilização em outras ocasiões. Porém esta prática altera o efeito final obtido. Quando fixada nos barndoors, devido à distância maior entre a lâmpada e a gelatina o efeito será uma luz suavizada. Por outro lado, deve-se observar que a fixação nos barndoors elimina completamente a função dos mesmos: a superfície da gelatina torna-se agora a nova fonte de luz, agindo como se fosse um refletor desprovido de barndoors.

cartão portátil para batimento do branco
ao fazer o batimento do branco em uma locação, qualquer objeto de cor branca pode ser utilizado, como paredes, camisetas, papéis, etc... No entanto, em determinados lugares pode ser difícil encontrar uma superfície branca ou pelo menos que não seja um branco já sujo devido ao uso e ao tempo. Assim, a dica é carregar com na maleta da câmera sempre um pequeno cartão (pode ser por exemplo de 15cm x 20cm) para este fim. O cartão pode ser montado dobrando-se e colando-se com fita adesiva na parte de trás uma folha de papel sulfite sobre um cartão ou papelão rígido. Sobrepor duas folhas de sulfite ajuda a dar mais intensidade ao branco - a folha, por ser ligeiramente translúcida, pode deixar "vazar" a cor do papelão ao fundo. No momento de se bater o branco, o cartão deve ser colocado onde estão os objetos / pessas a serem gravados, para que receba a mesma luz que eles recebem. Com a câmrera, enquadrar totalmente no visor o cartão e em seguida efetuar o ajuste do branco.

cartão protetor
utilizado no carro o cartão dobrável que se coloca normalmente sobre o painel do carro para protegê-lo do Sol pode servir como um excelente rebatedor para a luz, principalmente os do tipo aluminizado, com a vantagem neste caso de poder ser usado dos dois lados, o aluminizado para refletir mais intensamente a luz e o oposto (se for branco) para uma luz mais suave.

cenas noturnas em paisagens
o melhor horário para captação de cenas noturnas de exteriores não é à noite e sim ao anoitecer. Durante o anoitecer, a paisagem ainda está um pouco clara: fachadas de prédios ainda são visíveis, assim como recortes de galhos e folhagens. Acontece que a sensibilidade à luz do vídeo é bem menor do que a do olho humano (em situações normais, estando a função gain-up desligada - esta função amplifica artificialmente o sinal de vídeo a ser gravado, causando granulação, entre outros problemas. E também sem o uso da "visão noturna" de infravermelho). Assim, em situações onde o olho humano enxerga à noite os detalhes da fachada de um edifício escuro e mal iluminado, para o vídeo a imagem será uniformemente preta. Desta forma, o "relógio" entardecer / anoitecer / noite deve ser adiantado para a realização de imagens noturnas.

chuva (artificial) e iluminação
a chuva pode ser simulada jogando-se para o alto a água de uma mangueira, com um espalhador (do tipo 'chuveirinho') na ponta. Esse dispositivo espalhador pode ser encontrado em lojas de jardinagem. Quanto maior a altura atingida pela água melhor (pode-se usar uma escada como auxílio). Observar que o jato deve ser jogado sempre para cima, nunca para baixo, se estiver sendo despejado por uma pessoa no chão ou mesmo em cima de uma escada. Na área profissional, geralmente uma abordagem diferente é utilizada, com uma rede de sprinkers (espalhadores de água) suspensa a uma boa altura, direcionando, aqui sim, a água diretamente para baixo.

Tanto em um caso como em outro, para que a câmera possa 'enxergar' as gotas caindo, é necessário iluminá-las lateralmente em relação ao ângulo de visão da câmera, com uma fonte de luz muito potente (lembrar que embora possa chover com Sol, geralmente a chuva ocorre com céu encoberto ou à noite e essas situações são melhor aceitas pelo expectador, ou seja, a ilusão funciona melhor). Para melhorar ainda mais a visualização das gotas, o fundo deverá ser escuro. Como exemplo, um plástico opaco preto, suspenso de forma a ficar não muito próximo do primeiro plano (pessoa ou objeto que está sendo gravado), com várias plantas em frente ao mesmo. Todo esse fundo deverá ficar desfocado.

congelamento da
imagem & luz através deste efeito, onde aumenta-se a velocidade do 'obturador eletrônico' da câmera (função high speed shutter), é possível em tempo de playback analisar quadro a quadro movimentos rápidos gravados na fita. No entanto, ao se aumentar a velocidade do obturador, como o tempo de exposição cairá, menos luz será utilizada para registrar a imagem: ela ficará escura. Compensa-se isto aumentando-se a abertura da lente, função executada ou automaticamente pela câmera ou pelo operador (se desativada no modo automático). Este aumento de abertura resultará em diminuição da profundidade de foco. Se isto não for problema, o resultado será satisfatório. No entanto, se isto for um problema, será necessário iluminar a cena com mais luz: quanto maior a quantidade de luz, menos o diafragma necessitará ser aberto e portanto maior será a profundidade de campo obtida.

cookies: controlando a definição das bordas projetadas
cookies (placas, geralmente metálicas - para suportar o calor da luz - com perfurações em forma de desenhos, utilizadas para projetar sombras recortadas sobre uma superfície) são muito úteis na composição de cenários. Colocados a frente de um refletor, permitem projetar desenhos interessantes sobre o fundo do cenário. Comercializados em um sem número de variações de desenhos, podem ser montados juntamente com gelatinas coloridas apropriadas. Quando instalados em refletores com lentes, projetam sombras bem definidas. Quando colocados à frente de refletores comuns no entanto, podem projetar sombras com mais ou então com menos definição. Como quanto mais longe de um fluxo luminoso um objeto opaco estiver, mais precisa será a sombra projetada pelo mesmo, colocando-se o cookie mais longe do refletor, o desenho terá aspecto mais definido, colocando-o mais próximo do refletor, o aspecto será mais suave. É importante ressaltar que, neste caso (cookie sobre refletor desprovido de lentes), a luz do refletor que "vaza" para fora da área do cookie deve ser protegida com o uso de barndoors (abas móveis ajustáveis que muitos refletores possuem) ou então de flags (ou bandeiras, pequenas placas planas opacas, fixadas de modo a interromper o fluxo de luz do mesmo).

controlando reflexões indesejadas
a luz pode ser moldada e trabalhada em favor do objetivo desejado, o que pode ser conseguido em parte através de refletores apropriados. Para conseguir-se no entanto controle total sobre a mesma, é necessário o uso dos barndoors (abas móveis que muitos refletores possuem, em seus 4 lados) e flags (ou bandeiras, pedaços de placas planas, opacas, fixados em locais estratégicos para barrar a passagem da luz). Movendo cuidadosamente esses elementos, consegue-se efeitos muito interessantes de iluminação, principalmente em estúdio, para compor fundos de cenários. A luz que passa por um cookie por exemplo (placa com perfurações em forma de desenhos, utilizada para projetar sombras recortadas sobre uma superfície) pode ser moldada através do ajuste correto dos barndoors do refletor. Assim, é possível concentrá-la somente na área do cookie e projetar somente o desenho desejado no cenário, sem a concorrência de reflexos indesejados dos seus lados. O "corte" mais preciso da sombra no entanto é feito através do flag, pois o mesmo é normalmente colocado a uma distância maior do refletor - e os barndoors ficam muito próximo do mesmo, na verdade, fixados no próprio. Quanto mais longe um obstáculo estiver do fluxo luminoso, mais definida será a sombra projetada pelo mesmo.

convertendo footcandle em lux
alguns fotômetros (medidores de intensidade luminosa) podem apresentar em seus visores uma escala do tipo footcandle (unidade antiga de medida de intensidade de luz). Se for desejado o uso de um desses aparelhos para a medição da iluminação a que um objeto / pessoa estão sujeitos, com a finalidade de confronto com a especificação de gravação de determinada câmera (especificação normalmente feita em lux) é necessário efetuar uma conversão de valores. Para esta conversão, pode ser considerado que 1 footcandle vale aproximadamente 10,7 lux.

corrigindo vidros rayban
ao efetuar gravações em salas e escritórios com grandes áreas envidraçadas, é possível deparar-se com vidros de tonalidade ligeiramente esverdeada, como os vidros do tipo rayban. Às vezes o tom esverdeado pode ser muito sutil, e, como a vista humana adapta-se facilmente a situações de variação de temperatura de luz, pode passar desapercebido. Uma boa prática sempre é bater o branco antes de qualquer gravação, mas, se por algum motivo isso não foi feito em um local desse tipo, uma tonalidade ligeiramente esverdeada na imagem será percebida no momento da edição, devendo então ser corrigida. A maneira mais simples é acessar o controle de intensidade das cores básicas RGB na imagem e diminuir ligeiramente (pouco) o verde. Ou então efetuar o ajuste digital do branco, existente em alguns programas - vide a dica "balanço do branco na pós-produção". O primeiro, nessa situação, pode ser mais preciso, por contar com o feeling do olho humano durante o ajuste. A forma mais fácil de notar o problema é prestar atenção à pele das pessoas, carente de um tom mais avermelhado (que sugere saúde, ao contrário do tom esverdeado, que sugere doença - esta cor é inclusive usada tradicionalmente em quadrinhos coloridos para representar esta situação).

cromakey
resumidamente, algumas dicas para um bom cromakey são: iluminar uniformemente o fundo, manter a pessoa / objeto do primeiro plano distante do fundo, não deixar que se formem sombras no fundo a partir da iluminação utilizada para o primeiro plano e não deixar que a iluminação do fundo "contamine" o primeiro plano.

cromakey: contornando a limitação do tamanho da tela
algumas vezes, dependendo do efeito que se quer obter, o tamanho da tela de cromakey disponível no estúdio pode ser insuficiente. Um exemplo é acrescentar a imagem de uma pessoa dentro de um campo de futebol, visto de um dos lados do gramado, onde a imagem dessa pessoa ocupe 1/3 da altura do quadro da imagem do vídeo. A alternativa mais dispendiciosa é obter uma tela "gigante", um local idem e toda a iluminação necessária. A forma econômica, no entanto, permite facilmente realizar o efeito na fase de edição-não-linear. No programa de edição, a imagem da pessoa com a pequena tela de cromakey ao fundo deve ser reduzida, fazendo-se o efeito de picture-in-picture sobre uma imagem limpa em outra trilha na Timeline. A seguir, selecionar para background color dessa imagem limpa a mesma cor do fundo de cromakey. Ao fundirem-se as duas imagens na composição das trilhas tem-se a pessoa em tamanho reduzido sobre um "fundo" de cromakey muito maior do que o original. Basta então efetuar o recorte através da função de cromakey.

cromakey: verificando a qualidade da iluminação do fundo
uma forma de verificar se o fundo está uniformemente iluminado é gravar alguns segundos somente com este aparecendo no visor. A seguir, com o uso de um monitor de onda, que pode ser do tipo hardware (waveform monitor, aparelho semelhante fisicamente a um monitor de vídeo ao qual conecta-se o sinal de vídeo a ser analisado) ou software (função waveform existente em diversos programas de edição não linear, que abre uma janela com a representação do que seria mostrado na tela do aparelho real), verificar a uniformidade da cor verde ao longo do quadro da cena: deve haver uma linha reta em sua indicação. Para comprovar, nos últimos segundos da gravação-teste acima referida, pedir para uma pessoa ficar em frente à tela. A indicação no monitor de forma de onda deve mudar nesse instante.

cromakey e ajuste de iluminação do primeiro plano
uma dica para efetuar o ajuste da iluminação no primeiro plano em uma montagem de cromakey do tipo que emprega iluminações independentes de fundo e primeiro plano, é desligar totalmente a iluminação do fundo. A seguir, efetuar todos os ajustes na iluminação de primeiro plano, através de posicionamento dos refletores, seus barndoores e também flags adicionais. Observar sempre, durante este ajuste, se alguma dessas luzes está atingindo o fundo - fato que não deve ocorrer.

cromakey e ajuste em tempo real
uma dica para melhor ajuste no setup para cromakey é conectar a saída da câmera diretamente à entrada da placa de captura em um sistema de edição-não-linear disponível no local. Assim será possível, em tempo real, efetuar todos os ajustes necessários e posicionamentos entre os elementos de primeiro plano, fundo e refletores até a melhor condição ser obtida.

cromakey e batimento do branco
em uma montagem para cromakey onde uma pessoa posiciona-se em frente ao fundo que vai ser recortado, o ajuste do branco deve ser feito excluindo-se o fundo. Para tanto, colocar um cartão branco na frente da pessoa e com zoom na câmera, fechar o ângulo até enquadrar totalmente o cartão no visor. Ajustar então o branco na câmera travando-o a seguir. Feito o travamento, retornar o enquadramento à sua posição original.

cromakey e distância da câmera ao fundo
uma providência útil é manter a câmera a uma boa distância do primeiro plano, e assim utilizar o zoom na posição tele para fazer o enquadramento. Fazendo-se isso, a profundidade de campo diminui para uma pequena faixa à frente e atrás da pessoa em primeiro plano, deixando de revelar eventuais imperfeições no fundo, uma vez que o mesmo deixa de ser focalizado nitidamente.

cromakey e movimento da câmera
em gravações de uma pessoa em frente a uma tela de cromakey a dica é evitar ao máximo movimentar a câmera. Os ajustes de luz e posicionamento da pessoa tem que ser precisos, e a não ser que o conjunto luz + fundo seja extenso e uniforme, a movimentação causará um efeito de 'esfumaçamento' (blur) nos contornos da imagem, principalmente se estiver sendo utilizado algum dos formatos do grupo DV.

cromakey e movimento da pessoa
a pessoa que está sendo gravada sobre um fundo para cromakey deve-se mover sem efetuar movimentos bruscos: estes possuem a tendência de causar um esfumaçamento na imagem (blur) que acaba fundindo-se com o fundo, prejudicando a ilusão. O problema é mais aparente em formatos que utlizam resolução menor de cores na imagem, como por exemplo os formatos DV.

cromakey e posicionamento da câmera em relação ao fundo
a dica é manter a câmera perpendicular ao plano do fundo. Assim, ela não deve estar muito alta no tripé e inclinada para baixo nem muito baixa e inclinada para cima. Uma providência extrema é verificar seu nível de alinhamento com auxílio de um nível. Por outro lado, ângulos laterais também devem ser evitados, a câmera deve estar sempre de frente para a tela. Em todas as situações descritas acima, o fundo ficará ligeiramente mais próximo de um dos lados do plano do CCD do que do outro, afetando a intensidade de luminosidade nesse lado - luz mais intensa do que do outro lado. Essa luminosidade desigual, dependendo da sensibilidade do ajuste do cromakey pode afetar a qualidade do processo, fazendo com que algumas áreas não fiquem totalmente transparentes.

cromakey e primeiro plano com brilho
a presença de objetos brilhantes no objeto / pessoa a ser recortada deve ser evitada, principalmente quando localizados nas bordas dos contornos da mesma. O brilho nas bordas faz com que o recorte deixe de ter uma linha definida de contorno em relação ao fundo. O problema pode ocorrer por exemplo ao recortar um objeto de aço inox ou uma pessoa calva. A dica é utilizar nesses objetos ou pessoas recursos para reduzir o brilho - existem produtos específicos para isso, como sprays anti-reflexo.

cromakey e quadro escolar
um quadro escolar (lousa para giz) pode ser improvisado como fundo para cromakey. O quadro em questão deve ser do tipo verde, estar com sua superfície nova e bem lavada, isenta de riscos e falhas e ser uniformemente iluminada. A própria iluminação geralmente utilizada nesses locais (luzes fluorescentes) pode, se atingir de maneira uniforme o quadro, ser utilizada para iluminação do fundo (o quadro).

cromakey e sombras no fundo e primeiro plano
se a intenção é integrar o primeiro plano ao fundo (uma pessoa ser "colocada" em uma praia onde ela não está por exemplo), deve-se prestar atenção à iluminação do "fundo" e do primeiro plano, que deve estar consistente. Como "fundo" aqui entende-se não a iluminação da tela de cromakey propriamente dita, e sim a iluminação existente no local cuja imagem irá substituir a tela verde. Assim, se o Sol nessa praia produz sombras nas árvores e outras pessoas da direita para esquerda, no estúdio, a pessoa deve ter o refletor de luz principal movido também para esta posição. Uma inversão tornará o efeito inconsistente, chamando a atenção do expectador para essa desarmonia de integração pessoa / ambiente.

cromakey e tecidos utilizados em roupas
deve ser evitado o uso de roupas com desenhos de linhas (faixas) muito estreitas próximas umas das outras. O uso de tecidos com esses padrôes acarreta um efeito conhecido como Moirée Pattern (padrão Moirée), onde essas linhas apresentam-se com efeitos de cintilação na imagem. Este efeito (que aparece mesmo em gravações não-cromakey) pode acarretar problemas durante o recorte da imagem principalmente com o uso de formatos digitais da família DV, porque as cintilações apresentam-se na forma de artefatos estranhos à imagem, artefatos estes que carregam diversas cores. Assim, pode-se ter a introdução de cores na imagem de primeiro plano que coincidam com a do fundo, fazendo com que os trechos onde estão tornem-se (incorretamente) transparentes.

cromakey e temperatura diferente na luz de primeiro plano e fundo
o fundo de cromakey pode ser iluminado com luz totalmente diferente do primeiro plano em termos de temperatura de cor, se uma condição for atendida: as duas iluminações serem totalmente independentes. Assim, é possível por exemplo empregar luz fria para iluminar o fundo e luz incandescente para iluminar o primeiro plano: na câmera, o batimento do branco deve ser efetuado com a luz de primeiro plano, não com a luz do fundo. Ao observar no monitor, após o batimento o fundo ficará com uma tonalidade azulada, no entanto isso não é problema: basta indicar esta cor para o programa de composição - e lembrar de não usá-la em elementos do primeiro plano.

cromakey e vento artificial
a ilusão causada por um efeito de cromakey sobre uma imagem externa (praia, campo aberto por exemplo) pode ser bem ressaltada para o expectador se um ventilador for colocado ao lado da pessoa a ser recortada em primeiro plano. Ajustado para soprar o equivalente a uma brisa sobre a roupa da pessoa (o cabelo para cromakey deve ser fixado de preferência com gel) fazendo-a vibrar ligeiramente, torna o efeito extremamente convincente. O cuidado a ser tomado é verificar se na imagem de fundo há vento e para que lado o mesmo sopra, para manter a mesma direção e sentido no primeiro plano.

cromakey em exteriores
é possível realizar composição de imagens utlizando o processo de cromakey em ambientes exteriores, sem utilizar uma tela específica para o croma. Assim, o fundo poderá ser o azul do céu por exemplo (a partir de uma tomada baixa, de baixo para cima, que exclua outros elementos que não o céu). Ou paredes e fachadas que possuem cor uniforme. As dicas são desfocar o fundo (pessoa afastada do mesmo), para esconder possíveis imperfeições, como emendas de tijolos, trincas, etc... E utilizar superfíces nas cores RGB, além do amarelo.

dias nublados
são excelentes para close-ups, principalmente de pessoas: nesses dias a luz solar não é direta, está bem difusa por causa das nuvens. Os raios de luz provém de várias direções, o que faz com que as sombras deixem de ficar pronunciadas e as superfícies ganhem iluminação uniforme, causando uma aparência agradável de suavidade.

difusor de tela
ao gravar cenas de uma pessoa falando para a câmera diretamente sob a luz solar, pode-se observar, dependendo da intensidade do mesmo, e efeito causado pelas sombras pronunciadas e locais de alto contraste no rosto da pessoa. Ao invés de mudar o local de gravação para a sombra, uma solução eficiente para a situação é abrandar a luz do Sol, através de um difusor de tela. Em uma moldura bem grande de madeira ou tubos de PVC (preferível, pela leveza e facilidade de construção), pode-se montar o difusor estendendo sobre a moldura e prendendo-a na mesma uma tela de tecido de trama média (voal por exemplo). Telas na cor preta funcionam melhor. A uma distância de cerca de 2 a 3m da pessoa por exemplo, suspende-se o difusor de modo a causar uma 'sombra' sobre a pessoa, na verdade uma atenuação da forte e dura (luz que causa sombras bem contrastadas) luz solar.

dimmer para controlar a intensidade da luz
em situações onde kits básicos de luz do tipo consumidor ou mesmo semi-profissionais são utilizados, uma alternativa para suavizar ou reduzir a intensidade da luz é utilizar um dimmer comum. Pode ser construído um dispositivo formado por uma caixa na qual, em uma de suas superfícies, seja instalado o controle do dimmer, com o aparelho em seu interior. Do aparelho saem cabos de entrada e saída, montados com plugs macho/fêmea nas pontas. É fundamental que toda a construção seja feita com materiais resistentes ao calor, fios anti-chama (o que já é, atualmente, um padrão da indústria de cabos), plugs de primeira linha e que todas as conexões sejam corretamente montadas, sem fios ou parafusos não bem fixados. Esse procedimento deve ser naturalmente seguido em todo tipo de instalação elétrica. O outro ponto a observar é que os dimmers são fabricados para funcionarem com um determinado limite de capacidade (potência em Watts). Assim, a soma das potências das lâmpadas a ele conectadas deve ser inferior a essa capacidade. Por fim, observar que nem todas as lâmpadas são dimerizáveis, especialmente as do tipo fluorescentes comuns. Atendidas essas observações, pode-se ter um dispositivo prático, sempre à mão, para quando for necessário reduzir a intensidade das luzes sem lançar mão de filtros colocados nos refletores. Como observação final, lembrar que ao reduzir a potência das luzes será necessário efetuar novamente o ajuste do branco (se já não foi feito e se o objetivo é produzir uma exposição com coloração fiel à realidade).

disfarçando problemas na pele
para disfarçar, na imagem, excesso de rugas e/ou imperfeições na textura da pele, a dica é suavizar a iluminação. Como essas imperfeições constituem-se em irregularidades no relevo da superfície da pele, a luz que a mesma recebe pode ser parcialmente bloqueada em diversos trechos, criando-se sombras minúsculas, que acentuam o contraste entre as partes mais lisas. Pode-se comparar o efeito a um terreno plano e liso, que não produz sombras ao ser iluminado pelo Sol e um terreno cheio de altos e baixos no relevo. Esses altos e baixos produzem sombras quando a luz os atinge em ângulo raso. Essas sombras, mais do que as próprias irregularidades do relevo, fazem com que exista um contraste acentuado entre as partes claras e as escuras. Em outras palavras, se não houvessem as sombras, a imagem seria mais uniforme e suave. Em escala muito pequena é o que acontece na superfície da pele. Assim, tudo o que se pode fazer, é tentar diminuir essas sombras. Para isso, algumas alternativas podem ser tentadas. Uma delas é evitar a iluminação lateral, dando preferência à iluminação frontal do rosto (equivale ao Sol de meio dia em contraste com o do início ou final do dia). Outra, usar luz suave, não luz "dura": existem gelatinas suavizadoras que podem ser utilizadas sobre os refletores, ou então as caixas de luz chamadas softbox, sempre dispostas frontalmente. Outra saída é o uso de um filtro suavizador na lente da câmera ou ainda um efeito suavizador na fase de pós-edição - aplicados com pouca intensidade.
evitando sombras duplicadas
em uma montagem com refletores para iluminar uma pessoa que está próxima de uma parede ao fundo, corre-se o risco da luz dos refletores produzir diversas sombras sobre esse fundo, um resultado que pode ter aspecto amadorístico ou então lembrar agitadas entrevistas onde diversas emissoras de TV posicionam seus equipamentos ao mesmo tempo para captar com presteza alguma declaração do entrevistado. No caso de dois refletores por exemplo, é aceitável que a sombra de um deles seja projetada na parede, mas não dos dois. Neste caso, basta posicionar um dos refletores diretamente  voltado para o rosto da pessoa - mas localizado lateralmente ao mesmo - sem importar-se com a sombra que se forma ao fundo. Esta será a luz principal, em um esquema principal / preenchimento. O segundo refletor (preenchimento) deve ser colocado do outro lado, evitando que sua luz atinja o fundo, ou através de sua rotação voltando-se um pouco para longe do mesmo, ou através de um flag (placa opaca colocada ao lado do refletor para barrar sua luz). Colocado mais distante do rosto da pessoa, possibilitará a criação de uma luz mais suave, acarretando assim o destaque do aspecto tridimensional do rosto.

excesso de luz
e filtro ND ao contrário do que se possa imaginar, nem sempre quanto mais luz melhor: nesta situação, as cores claras começam a ficar saturadas e a imagem perde em definição. Para contornar este problema, comum em ambientes muito claros (praia, neve por exemplo) um filtro do tipo ND (Neutral Density) pode ser acrescido à objetiva da câmera. Este tipo de filtro, existente em diversas graduações, não altera as cores da imagem gravada, apenas reduz a intensidade da luminosidade que atinge as lentes da câmera, permitindo uma melhor exposição do assunto.

fixando refletores em portas
uma porta pode ser utilizada em situações de emergência, onde não há suportes tradicionais disponíveis para fixar um refletor. A idéia é utilizar grampos com potentes molas, revestidos de borracha ou material plástico (encontrados em lojas de ferragens). O grampo é fixado na parte superior de uma porta, de deve ser fixada entreaberta - para tanto, utilizar um calço debaixo da mesma. O grampo, através de uma adaptação firme e segura, é utilizado para prender o refletor no alto da porta. Outros lugares podem ser utilizados para fixação também.
fluorescentes
podem ser usadas sem problema como fonte artificial de iluminação, desde que se tome o cuidade de se efetuar o equilíbrio nas temperaturas de cor que iluminam a pessoa/objeto. Se somente luzes fluorescentes serão utilizadas, utilizar o white-balance automático da câmera

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